Rua tranqüila de um bairro residencial, ao lado de um tradicional parque paulistano. Na rua, duas casas de prostituição. O bairro: Água Branca. As casas não têm nada que chama atenção, exceto os seguranças fardados em frente ao puteiro mais chique e uns seguranças à vontade sentados no sofá da casa que é o puteiro mais pobrinho. Preço do pobre porque não sou rico: R$ 20,00 por meia hora sem direito a extravagâncias, ou seja programa padrão (vaginal, oral com camisinha e mais alguma coisa que não lembro mais), o resto é por fora. Que resto, pergunto? "anal, ativo, beijo na boca etc". Ahhh.
A moça que me atende já trabalhou em diversas ilhas na Espanha, em casas chiques de massagem paulista. Enfim, tem "pedigree". 5 anos na vida. Assume sua profissão com a mesma convicção que minha gerente de banco diz que está há 5 anos na agência. Ambas são casadas, com a diferença da profissão do marido, claro. No caso da gerente de banco, o marido é administrador. O marido da puta é cobrador. Mas é tudo jogo aberto. Ambos saem para trabalhar, cada um ganha seu salário suado e volta pra casa. Enfim, apenas um grupo ainda acha que nada mudou na sociedade brasileira: nossos políticos, que rejeitaram a proposta de legalizar a prostituição no país. Eles ainda acham que a mulher deles é santa e que puta é o resto, que dar direito a elas acaba com o maior prazer que eles têm, lembrando o falecido Maçaranduba "Quero é dar porrada!"
[foto: http://earthlingsoft.net/ssp/blog/2005/05/red_light]
Um comentário:
nem vai adiantar, mas antes de vc perguntar se foi bom, etc e tal, lamento informar que nada, absolutamente nada aconteceu. Como disse antes, não vai adiantar nada. Ninguém acredita em mais ninguém. Vou eu ficar justificando? O pensamento é livre!
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