18 junho 2010

Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo


Pra não dizer que não falei de flores parte IV - A solução final...
...se houvesse dialética na canção de Vandré, este seria o resultado.
grupo português que reinventa o FADO, chuta o pau da barraca e escancara nossa motivação "roxa".

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

12 junho 2010

Lá ~ Lá sustenido, ou seja, A ~ A#


Chequei com meu afinador: as Vuvuzelas tocam algo entre Lá e Lá Sustenido. Por que sempre a primeira nota da escala? Porque o A (a nota do caos que gera a ordem, usada na afinação da orquestra)? e não o D (que é a nota da serenidade)?

09 junho 2010

nossas brigas


com nossas facas
br
gm
s
prdemos
lguns
pdaços
dói muit

08 junho 2010

HOJE, SÓ AMANHÃ...

Esse post sempre acaba voltando pra cima uma hora ou outra...

Não há ninguém mais humilde do que eu!

Minha mãe já incorporou essa nova frase, quando a chamamos para sair:

"Me inclua fora dessa" - ela adora falar isso pra gente...

Passava pelas profissionais da Rua Augusta, e uma disse à sua colega:
"agora ninguém mais sabe pra onde vai. Tá todo mundo indo..."

Tem, mas acabou.

Eu sei, mas não me lembro.
Vou te contar prá você.
Do que tem não falta nada.
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[contrib Gonçalo Mello] "Ninguém dá o que não tem"
"Igual a que nem que eu, não é não?" (dez.2007)
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[colegas do CEBB durante retiro budista em Camburi - Out/2007]
"Eu devo ser o cara mais ignorante que eu conheço"
"Não sei o que não posso saber"
"Só dói aquilo que provoca dor"
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[contribuição Ruth Albuquerque - março 2008]
"Eu acho que eu não sei"
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[mais uma contribuição sei lá de quem]
"tenho quase certeza que eu acho que pode ser verdade"
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Mais uma, de quebrar o queixo...
"-Faz pizza de 3 sabores? - Sim, faz. - Então, vê metade muzzarela, outra metade calabreza e a outra metade de palmito."
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Contribuição dos navegantes:
"Me liga prá mim"
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Anônimo (SS) enviou essa, um primor!
"Perai que não acabei de terminar."
[mais alguma...? clique em "coisas pra te dizer" abaixo e contribua]

04 junho 2010

GOZE!!!

Como dizia Lacan, o enunciado "goze!", em vez de libertar, reforça a culpa. Para evitar o empuxo dessa diretriz do "goze ao máximo sempre" é preciso repensar esse movimento que, no mundo atual, pede cada vez mais ação, envolvendo capitalização do signo. Aí se coloca o que Giorgio Agamben (filósofo italiano, 1942) tematiza como inoperatividade, encarnada na personagem de Bartleby, de Melville, para quem é "melhor não agir" para não repetir o sistema. Não se trata de preguiça ou inativismo, mas de mudança de postura diante das partilhas do social, dos modos de
distribuição do sensível.

Revista CULT - no. 144 p.57 A Mídia e o Gozo pelo Consumo.