Novo viral no Youtube - segue o embebbed abaixo mas antes disso serei breve:
* gostei da simplicidade e espontaneidade do bebê em externar suas emoções e de seu rosto límpido e imaculado numa expressão de desamparo.
* não gostei da sociedade que transforma um momento íntimo desses num viral tipo margarina, apenas OUVINDO uma mãe que canta e VENDO um bebê emocionado.
* não gostei da mãe que deixa seu bebê preso à uma cadeira chorando enquanto ela segura uma câmera de vídeo e invade a privacidade do filho (ou filha - bebês como anjos não tem sexo.).
* não gostei da mãe, ela sim, livre, fazendo o que quer. Alguém perguntou ao bebê se ele quer passar por esta situação?
* não gostei da dedução óbvia que o bebê está chorando pela canção que a mãe canta. Acreditaria nisso se visse esta cena num plano aberto que mostra ambos, a mãe e seu bebê. (E se a mãe está cantando com uma máscara de demônio na cara? - apenas uma hipótese a pensar)
*não gostei do Youtube em propagar uma comoção fácil como essa.
* não gostei de saber que faço parte de uma sociedade tão medíocre que "compra" uma história que não conhece, uma mãe que não aparece e um bebê triste como se ele estivesse desde já emocionado pela música. Quem disse isso? Quem afirma isso? Quem defende esta tese? E se ele está chorando pq não consegue sair daquela maldita cadeira enquanto sua mãe está livre leve e solta?
30 outubro 2013
27 setembro 2013
16 junho 2013
Ação Pública contra a Policia Militar do Estado de São Paulo
amigos meus tiveram perdas consideráveis com o cancelamento de atividades devido às nuvens de gás provocadas pela ação estapafúrdia da polícia militar. Pergunto se não seria o caso de cada comerciário prejudicado abrir uma ação civel contra o estado solicitando ressarcimento de valores, recuperação de lucros não ocorridos? Não sei bem como isso funciona, mas se houvesse talvez uns 1000 processos desta natureza, a polícia pensaria melhor se é ou não hora de ficar jogando bombas indiscriminadamente.
12 maio 2013
Quem é Margot, pintora de Aquarelas?
As
aquarelas de Margot,
um exercício de
resiliência
Nascida em 1932 no bairro
de Itaquera, filha de mãe luterana e pai católico (união sempre reprovada pela
família paterna), aos cinco anos Margot teve que deixar o Brasil com seus pais
e seu irmão de três anos, porque por recomendação médica, sua mãe com malária
deveria habitar um lugar frio. Ignorando apelos de amigos e parentes, seu pai
alemão decide levar toda a família à sua terra natal, Augsburgo, sul da
Alemanha, em pleno inverno de 1937 e com a esposa grávida de Helga, que nasce
logo após a chegada na Alemanha. Dois anos depois, Margot inicia sua vida
escolar. Ao mesmo tempo começa a Segunda Guerra Mundial na Alemanha e – isto
ela não sabe – seu futuro marido zarpou de Berlim há pouco com toda família, no
último navio destino Brasil, evitando o envio a um campo de concentração.
Augsburgo não era alvo preferencial
dos ataques das forças aliadas, situação que mudou drasticamente a partir de
1943. A cidade abrigava a indústria de aviões Messerschmitt. Assim, em
fevereiro de 1944, a família de Margot sobrevive a uma semana de incêndios,
resultado de um gigantesco bombardeio de quinze mil bombas lançadas por quase
2000 aviões americanos. Sem portas nem janelas e chamuscada pelo fogo, a casa de
Margot foi uma das poucas que permaneceu de pé. Junto à multidão em fuga, a
família recolhe roupas e bens essenciais. Caminham entre brasas e escombros para o outro
lado da cidade, onde o chefe do partido os aguardava. Seu pai era membro do Partido
Nacional Socialista.
Os frequentes bombardeios pesam
na decisão da família buscar refúgio em chácaras às margens da cidade, pertencentes
a parentes. A mãe de Margot decide dividir a família: encaminha cada um dos filhos
a diferentes lugares. Graças ao bom
desempenho escolar, Margot, já com onze anos, é convidada a ficar numa escola
adaptada em um hotel nos Alpes. Por dois anos perde contato com a família. Apenas
quando completa treze anos consegue uma licença especial por influência do
partido, para visitar seus pais.
Regressa de trem, sozinha
e sob intensos bombardeios. Ataques são constantes nestes últimos meses de
guerra. Na estação de Augsburgo seu pai a espera. Outras pessoas não tiveram a
mesma sorte. Naquele dia, Margot presencia a poucos metros da estação, uma
mulher ser alvejada e cair morta sobre a neve. Retornam a casa de bicicleta,
sob um frio de 20 graus abaixo de zero.
São dias caóticos,
preenchidos por sirenes de ataque aéreo, amigos próximos sendo presos, outros
mortos ou desaparecidos e o constante sair da cama quente para se esconder de
pijama em abrigos gelados. Certa vez uma
bomba incendiária perfura a parede da casa, por sorte não explode. 6 meses mais
tarde, Margot assiste ao nascimento do caçula logo ao final da guerra. E pela janela
de seu quarto assiste à chegada dos americanos na cidade. É a alegria das
crianças - pela distribuição de balas e chicletes e o temor das mulheres – contrastado
aos frequentes fuzilamentos de nazistas nas ruas.
Nos próximos seis anos de
reconstrução da Alemanha, Margot e sua irmã passam boa parte do dia escondidas
no sótão, sem escada ou aquecimento, pois seu pai temia que americanos perversos
as encontrassem em uma das frequentes revistas. Roupas costuradas pela mãe para
os americanos pagam o documento de "desnazificação" do pai. Margot, da
janela do sótão, assiste sua mãe desmaiar quando americanos destroem toda horta
ao fundo da casa. Aos 18, jovem e questionadora, Margot convence a família a
retornar ao Brasil.
Já em São Paulo opta por
apagar o seu passado. Consegue trabalho de secretária em uma empresa de
importação, onde conhece Gregor, recém contratado. Pouco depois, aos 19 anos, Margot
já está casada e grávida. A polêmica desta união supera de longe a de seus pais:
o casal muda-se para Pelotas, Rio Grande do Sul pois apenas a mãe de Margot e o
pai de Gregor aceitam o casamento de uma filha de nazistas com um judeu. Para o
restante da família o tempo fechou. A distância, cartas constantes e o
nascimento dos filhos dissipam 4 anos de desavenças entre as famílias e no
final de 1958, Margot e Gregor e seus dois filhos retornam a São Paulo. Todos
convivem pacificamente. Serão dez anos como dona de casa quando decide voltar a
trabalhar de secretária e iniciar aulas de pintura em cerâmica com uma
professora chinesa.
Quarenta anos depois dessa
primeira experiência artística, viúva e aposentada, retoma o prazer pela arte. Começa
a frequentar o curso da UNAT – Universidade Aberta da Terceira Idade do
Instituto Mackenzie de São Paulo, onde tem aulas de aquarela. Técnica preferida
de Margot, expressa de forma sutil e suave a delicadeza feminina, totalmente paradoxal
à sua história de vida.
Viste a exposição das Aquarelas de Margot no PLATIBANDA - Rua Mourato Coelho 1365, Vila Madalena.
Abre diariamente a partir das 18h - sábados e domingo a partir das 12h.
Fecha à 1h da manhã.
A exposição vai até dia 21 de maio.
04 abril 2013
A Missa de Alcaçuz – Danilo Guanais – Madrigal da UFRN e Orquestra
A Missa de Alcaçuz – Danilo Guanais – Madrigal da UFRN e Orquestra
pra quem quiser saber mais sobre a missa (e ouvir o CD...)
pra quem quiser saber mais sobre a missa (e ouvir o CD...)
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