Novo viral no Youtube - segue o embebbed abaixo mas antes disso serei breve:
* gostei da simplicidade e espontaneidade do bebê em externar suas emoções e de seu rosto límpido e imaculado numa expressão de desamparo.
* não gostei da sociedade que transforma um momento íntimo desses num viral tipo margarina, apenas OUVINDO uma mãe que canta e VENDO um bebê emocionado.
* não gostei da mãe que deixa seu bebê preso à uma cadeira chorando enquanto ela segura uma câmera de vídeo e invade a privacidade do filho (ou filha - bebês como anjos não tem sexo.).
* não gostei da mãe, ela sim, livre, fazendo o que quer. Alguém perguntou ao bebê se ele quer passar por esta situação?
* não gostei da dedução óbvia que o bebê está chorando pela canção que a mãe canta. Acreditaria nisso se visse esta cena num plano aberto que mostra ambos, a mãe e seu bebê. (E se a mãe está cantando com uma máscara de demônio na cara? - apenas uma hipótese a pensar)
*não gostei do Youtube em propagar uma comoção fácil como essa.
* não gostei de saber que faço parte de uma sociedade tão medíocre que "compra" uma história que não conhece, uma mãe que não aparece e um bebê triste como se ele estivesse desde já emocionado pela música. Quem disse isso? Quem afirma isso? Quem defende esta tese? E se ele está chorando pq não consegue sair daquela maldita cadeira enquanto sua mãe está livre leve e solta?
Um comentário:
Pra não editar o post original, vou aprofundar o pensamento por aqui:
- digamos que nos primeiros meses de vida a mãe sempre cantava essa música enquanto embalava a criança em seu colo, ninando-a carinhosamente.
- desta vez ela canta a música mas não o faz.
O bebê não poderia estar chorando pela falta do colo da mãe ou pela falta do ninar, visto que no conceito do bebê o canto está associado ao ninar e ao colo da mãe?
Não podemos fazer leituras de emoções a partir de nosso olhar. As emoções são individuais e os motivos idem. A leitura rasa que uma coisa está associada a outra não tem fundamento.
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